Com o provocante título Seria melhor mandar ladrilhar?, esta obra pretende mostrar que ladrilhar o planeta Terra, como tem sido feito há tantas gerações, não é o melhor meio para garantir a sobrevivência do homem. A primeira edição deste livro, lançada há cinco anos, contribuiu sobremaneira para as discussões, na época, sobre a biodiversidade. Agora, revistos e atualizados, os artigos presentes ampliam e aprofundam o tema por diversos prismas, como a conservação de áreas isoladas com o intuito de amenizar os impactos da devastação ambiental. Ora, como os processos que geram e mantêm a biodiversidade transcendem quaisquer fronteiras, áreas de conservação isoladas, imersas em ambientes já degradados, não são capazes de conservar, a longo prazo, nem mesmo a biodiversidade presente dentro de seus limites. Trata-se de uma estratégia insuficiente para a manutenção da biodiversidade. Também estão presentes aqui artigos sobre os diversos instrumentos para a conservação da diversidade biológica e sobre biopirataria, organismos transgênicos, conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade, mudanças climáticas, serviços ambientais, bem como questões fundamentais há muito negligenciadas, como a vasta biodiversidade marinha e a sua contribuição para a sustentabilidade do planeta. Portanto, é uma obra repleta de análises e alternativas que trazem à tona as principais questões referentes à importância da biodiversidade na preservação da vida humana. Ao abordar a conservação da biodiversidade e dos serviços ambientais, sob vários diferentes aspectos, este livro colabora, ainda, para o entendimento de como a questão da conservação e do uso racional da biodiversidade está relacionada com a exclusão social e com a pobreza.