Organizado por Francisco Alves (Departamento de Engenharia da Produção – UFSCar) e José Roberto Novaes (Instituto de Economia – UFRJ), este livro contou ainda com a colaboração dos Profs. Maria Aparecida Moraes Silva, Maria Dione Carvalho de Moraes e Marcelo Sampaio Carneiro na elaboração de um projeto, articulado por quatro universidades federais (UFSCar, UFRJ, UFPI e UFMA), dedicado a pesquisar a migração de trabalhadores do Nordeste para o corte de cana em São Paulo e no Rio de Janeiro. Valendo-se do apoio da Secretaria de Ensino Superior (SESU), do Ministério da Educação, este livro recoloca no cenário atual a questão do “bóia-fria” que, nos anos 1970 e 1980, teve grande destaque na academia. Reunindo também importantes contribuições de outros estudiosos do tema, o livro suscita o debate e a reflexão sobre amplos contingentes de brasileiros que se deslocam de suas regiões de origem em busca de trabalho nos canaviais de modernas usinas produtoras de açúcar e álcool. O eixo da reflexão deste livro é o trabalho dos migrantes no moderno Complexo Agroindustrial Canavieiro. Seu objetivo é compreender as razões que impulsionam trabalhadores a cruzarem o país em busca de melhores condições de vida em um cenário marcado por notícias de mortes. Afinal, mortes no eito da cana, provocadas por excesso de trabalho, nos últimos anos têm sido registradas na imprensa a partir de denúncias de entidades sindicais, pastorais e organizações não-governamentais.